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Aqui vos deixo o artigo do Prof. Fernando dos Santos Neves, Reitor da Un. Lusófona do Porto, dando notícia à região da nova licenciatura.
O artigo foi pulicado no passado dia 11, no semanário Grande Porto.
A proclamação mais ou menos solene da “morte de Deus” no mundo de hoje em nada alterou e por vezes até exarcebou o lugar incontornável da “religião” nas sociedades contemporâneas, em que as mais variadas formas de “regresso do sagrado” constituem, para uns, a demonstração da sua essencial conaturalidade humana e, para outros, apenas mais uma prova da permanência da alienação e da necessidade de prosseguir a luta pela total libertação da humanidade. E quem não se lembra daquele grafiti maximamente dessacralizante e pós-moderno de “Paris-Maio 68”: “Deus morreu, Marx também e eu mesmo já não me sinto lá grande coisa”!
No projeto, totalmente laico, da nova Universidade Lusófona do Porto, cujos objetivos, na letra dos respetivos Estatutos, são “o ensino, a investigação e a prestação de serviços nos domínios da cultura, arte, ciência e tecnologia, numa perspetiva interdisciplinar, em ordem ao desenvolvimento dos países e povos lusófonos, designadamente no âmbito da Eurorregião do Noroeste Peninsular”, esta licenciatura em Teologia/Ciência das Religiões, ao arrepio de todos os dogmatismos e fundamentalismos, procurará, simplesmente, no quadro epistemológico das ciências atuais, fazer uma “ciência omnitotidimensional de Deus ou do religioso ou do sagrado” no universo humano.
Pretende-se, assim, abrir o campus interdisciplinar a uma área científica, que não tem tido uma presença suficiente na sociedade portuguesa, com prejuízo para todas as partes. Criar uma tal licenciatura em Teologia/Ciência das Religiões, situada ao lado de outras, com um estatuto de paridade epistemológica, é, por isso, responder a uma carência científica e social. E, além de completar o quadro das ciências e a educação global das pessoas do nosso tempo, ambiciona também contribuir para a formação de investigadores e de profissionais que nas mais diversas atividades – comunicação, intervenção social, política institucional, educação, saúde – se confrontam com o facto religioso e suas multímodas caras e caricaturas. Como oportunamente escreveu Frei Bento Domingues, “a primeira licenciatura portuguesa em Ciência das Religiões torna possível, num espaço universitário não confessional, investigar o fenómeno religioso nos seus diversos aspetos, e é, sem dúvida, um grande acontecimento cultural”.
Esta licenciatura, que, também nós, sem hipócritas modéstias, temos a consciência de constituir uma das inovações mais significativas da Cultura, da Universidade e da Sociedade Portuguesa Contemporâneas, não deixa de situar-se na linha das intenções profundas das “Semanas Portuguesas de Teologia” e dos “Cursos de Mundivivência Cristã” que, nos anos 60 e pelo tempo que os tempos religiosos e políticos de então permitiram, organizei, em Portugal e em Angola, com o objetivo de colocar os cristãos ao ritmo do Concílio Vaticano II (que, mediante os conceitos de “refontalização” e de “aggiornamento”, tentou acabar com a “era constantiniana” da Igreja Católica) e toda a sociedade ao ritmo dos tempos modernos.
Fernando dos Santos Neves
Reitor da Universidade Lusófona do Porto
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